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21.7.19

Fora Lactose! Fora Glúten! | Sobre a Mesa

Precisamos ter cuidado com as demonizações alimentares!

Nunca se vendeu tanto produto sem glúten e sem lactose como nos últimos tempos, fazendo com que se acenda a luz da indústria alimentícia para um novo nicho em que tem-se investido alto aproveitando este movimento. Mas é preciso ter muito cuidado.

Sem glúten e sem lactose
Karolina Grabowska por Pixabay
Sou de um tempo em que o ovo era vilão e o vejo hoje como queridinho em muitas dietas. Também vivi uma época em que era moda sovar um quilo de trigo insanamente para conseguir um naco de glúten que seria preparado como substituto à proteína vermelha. Um tempo depois fomos bombardeados pelas dietas ricas no consumo de proteínas, entre elas a carne vermelha magra e também pela vilanização do glúten.

Como tudo na vida, quando falamos de alimentação, principalmente sobre restrições alimentares, é preciso ter cuidado e discernimento.

Em primeiro lugar, não devemos cortar nada na nossa dieta sem consultar um especialista, pois ele vai encaminhar exames clínicos indispensáveis para que isso não impacte na nossa saúde. Seja por questões de saúde, de emagrecimento, de aumento de massa, de lifestyle, ou seja lá qual for sua motivação, o médico saberá fazer as substituições necessárias para que o organismo não seja lesado em déficit de nutrientes.

Mas falando, mais especificamente, sobre glúten e lactose é preciso um cuidado a mais. Os especialistas alertam para que apenas as pessoas que sejam clinicamente diagnosticas com intolerância a esses alimentos, os retirem de sua dieta. No caso do glúten, salienta-se de que ainda não há comprovação científica que suporte a adoção de uma alimentação totalmente sem ele. E no caso da lactose, a questão é pior ainda, pois não consumir lactose, sem uma patologia que justifique, pode tornar o indivíduo intolerante. Pois a exclusão do alimento inibe a produção natural de lactase que é a enzima responsável pela digestão da lactose.

Sem glúten e sem lactose
Pezibear por Pixabay
Vale ressaltar, no caso de pessoas que  buscam o emagrecimento, em alguns casos, os produtos sem glúten e sem lactose são mais calóricos do que os que se pretende substituir.

Por tudo isso, fique atento, não se empolgue com as dietas do momento, busque um bom especialista que vai avaliar seu objetivo e a melhor forma de atingi-lo com saúde.

Lutei por anos fazendo regime por conta, copiando dietas encontradas em revistas e sites de vida saudável. Mas só encontrei resultado quando busquei uma nutricionista que trabalhou as minhas necessidades e limitações. Consegui eliminar 10 quilos e mantê-los de forma saudável e sem grandes sofrimentos. Precisamos de foco e não de fórmula mágica. Só quando entendi isso, fiquei em paz com minha alimentação. 



27.3.19

Broto de Alho, tirar ou não tirar? Eis a questão | Sobre a Mesa


Propriedades do broto de alho
Imagem de yeondoo lee por Pixabay
Você já deve ter se deparado com receitas em que se pede para descartar o miolinho do alho. Mas você sabe a razão? Tem este hábito?

Se você costuma fazer isso... ESPERE!!! Tentaremos te convencer do contrário, haha.

Isso porque o broto do alho tem rico valor nutricional e terapêutico.

Não deve ser novidade pra grande maioria de vocês o famoso chá de alho que combate viroses e que foi o terror da minha adolescência. Minha mãe não entendia que, nesta fase, não cabia mais aquele hálito peculiar...

Além das propriedades antiviróticas e bactericidas, seus compostos sulfurados, como o enxofre, ajudam a controlar o colesterol, a pressão e a glicose. Ele é rico em B, C, minerais como selênio, manganês, ferro, fósforo, potássio, entre outros.

Em 2014, cientistas coreanos afirmaram ao periódico americano Journal of Agricultural and Food Chemistry que o alho germinado tem ainda mais ação antioxidante saudável para o coração do que quando fresco. (Fonte: ACS Publications)


Propriedades do broto de alho


Propriedades do broto de alho
Imagem de juanpalmar1975 por Pixabay
Se você ouviu dizer que é tóxico, desencana. Essa guerra contra o broto do alho na verdade se dá pelo fato de alguns considerarem seu sabor muito forte, o que se reflete na pele de quem o manuseia e no hálito dos que o consomem. E também, para algumas pessoas ele pode ser mais indigesto. Mas eu particularmente não me dou mal com o pequenino...

Então, nossa dica é...
Se você não tem problemas em consumi-lo por causa do sabor ou de má digestão, se joga! Mas de repente... Se vai rolar um encontrinho com o crush ou aquela reuniãozinha de negócios onde você sabe que precisará ser ouvido... não custa eliminar nosso amiguinho uma vez ou outra... rs
Para tirar um proveito maior do seu alho, algumas recomendações na sua conservação devem ser citadas:

- O ideal é mantê-lo com casca e fora da geladeira;
- Se precisar descascá-lo, daí sim o melhor é acondicionar na geladeira;
- O melhor é deixar para amassar, cortar ou ralar o alho apenas na hora de usar;
- Na hora do preparo, evite fritar demais para que não perca suas propriedades.

Se preferir assista ao vídeo:


26.3.19

Dia do Cacau | Sobre a Mesa

Dia 26 de março é o Dia do Cacau! Desconhecia esta informação até poucos dias atrás... 

Dia do Cacau
Image by Jeser Andrade Arango from Pixabay

Fiquei curiosa para descobrir o que deu origem à data. Não que ele não mereça todas as nossas homenagens, haha. Mas precisava entender o porquê da escolha deste dia, e descobri!

A data foi instituída por um projeto de lei do deputado Atayde Armani do DEM do Espírito Santo em 2009. Num primeiro impulso você pode pensar "com tanta coisa pra se preocupar o que o cara tinha que pirar no Dia do Cacau?". Mas tem uma boa justificativa! A ideia é que esta comemoração estimule a discussão em busca de soluções para diversos impasses relacionados à proteção dos cacaueiros.

Em 2017, o Brasil ganhou o posto de 5º maior produtor de cacau do mundo, sendo a Bahia responsável por quase 80% da produção nacional.

Mas além da inegável importância econômica, imagino que nenhum chocolover, ousaria questionar a necessidade de mantermos nossos amados cacauzinhos saudáveis e em plena expansão, não é mesmo?

Se tiver curiosidade de conhecer um pouco mais sobre o Projeto de Lei e consequente Lei Ordinária, você encontra aqui!

Fonte: Ales Digital

4.3.19

O que não mata, engorda? | Sobre a Mesa

Ahhhh... minha adolescência! Época boa, mas de vacas magras... a gente juntava os cascalhinhos pra quem sabe, depois de um tempo, comprar algo que desejávamos, ou dávamos uma esbanjada na vaquinha com os amigos pra comprar aquela pizza... 

O que isso tem a ver com o nosso título? Já vão entender.

Lembro de dois episódios desta época. No primeiro, um amigo em um churrasco, derrubou um pedaço de carne no chão e se apressou em juntar e mandar pra dentro. Ao perceber que olhávamos, não pensou duas vezes e justificou: 'O que não mata, engorda!'. Todos rimos, é claro, e vida que segue.

Em outra ocasião, já não mais tão adolescente assim, mas ainda em época de vacas magras... (rs), estava com um amigo e meu namorado no meio de um trabalho da faculdade deles em que eu estava ajudando e havia um pacote de bolachas recheadas. Vale ressaltar que estávamos na rua. Ao abrir o pacote, como não é novidade, ele se estraçalhou e as bolachas voaram todas no asfalto, bem próximas ao meio fio. Os dois não perderam tempo e ao som de 'Pega logo, que se comer em 5 segundos, não dá nada' recolheram todas as redondinhas e nada foi desperdiçado.

Mas será mesmo?


O que não mata, engorda


A resposta já era um pouco óbvia para mim, mas fui atrás para entender melhor o que há por trás destas duas 'famintas' teorias. 

Segundo o infectologista, Jean Gorinchteyn, do Instituto Emílio Ribas, independente de quanto tempo o alimento fica no chão ele sofre contaminação. O que varia é o quanto ele é contaminado de acordo com o local onde caiu. Ou seja, seu precioso lanchinho está muito mais seguro caindo no chão da sua cozinha do que no de um banheiro público, por exemplo.

Uma coisa que é importante destacar é que o tipo de comida pode favorecer uma maior ou menor contaminação, isso significa que uma comida cremosa absorve mais sujeira do que uma de textura mais sequinha.

Ainda dentro das mesmas teorias, temos um outro cenário pelo qual talvez você já tenha passado ou pelo menos presenciado alguma situação.

Bateu aquela fominha e  imediatamente você lembra do pão que há dias vê guardado. Animado corre até ele, mas se depara com o coitado já meio 'triste', meio verdinho... Mas fazer o quê? A fome está brava... É o que tem... Sem pensar você tira fora a parte estragada e prepara um belo sanduba com 'a parte boa'. Ledo engano...

As raízes dos fungos vão mais fundo do que a parte que dá cor ao mofo, e é justamente nelas que são produzidas as micotoxinas responsáveis por te fazer passar mal. A maioria dos fungos são inofensivos, tanto que temos exemplos de fungos usados a favor da gastronomia como as leveduras e bolores de queijos, pães de fermentação natural, cervejas, etc. Mas também temos os perigosos, como por exemplo, os produzidos em amendoins e outras oleaginosas que são altamente cancerígenos. A ollho nu é impossível avaliar, então na dúvida, não consuma! 

Opte sempre por alimentos frescos, bem acondicionados e de procedência confiável. Fique atento às datas de validade e ao sinal de qualquer mau estar procure um médico. 💋💋💋


Fonte:
Revista Superinteressante Mundo Estranho | "A regra dos 5 segundos ao derrubar comida no chão é verdade?" | 27.mai.2013
Revista Superinteressante Saúde | "É seguro tirar pedaços mofados da comida e comer o resto?" | 05.out.2015