Há 7 anos eu tinha um blog muito parecido com este e também tinha um canal no YouTube onde reunia algumas playlists e alguns vídeos originais. Quando resolvi voltar a escrever e criei o Em Pratos Limpos, visitei o antigo blog e canal com o intuito de resgatar alguns conteúdos que tinha lá e que achava que seria interessante tê-los por aqui. Um deles é o Gastronomia na Telona, pois sempre me fascinou o quanto a comida é ‘fotogênica’ rsrs
No blog original eu apenas criei uma playlist pois a ideia era simplesmente elencar as obras que tinham como pano de fundo a gastronomia. Mas depois de amadurecer quanto à importância da criação de conteúdo, senti que precisava fazer mais, precisava ter mais propriedade sobre o que estava falando e trazer mais elementos para as pessoas que se dispõe a ler o que eu escrevo. E percebi que alguns, não muitos, mas alguns deles eu nem havia assistido.
Nessa visita fiquei surpresa com a quantidade de views e comentários apaixonados sobre o filme A Festa de Babette, um filme antigo se comparado aos demais da mesma playlist mas que despontava em todos os números. Este sucesso me causou curiosidade, e achei que nada mais natural que iniciar essa editoria por ele. Fui atrás e encontrei o filme para assistir neste link. A qualidade não é das melhores, mas não é nada que deva te desanimar caso fique curioso (e espero que fique!) para assistir. Abaixo o teaser!
Uma pequena sinopse:
A história de uma moça francesa que precisou se refugiar numa pequena cidade litorânea da Dinamarca. Um dia ela recebe a notícia de que ganhou uma bolada na loteria e quer retribuir a hospedagem preparando um comovente banquete para seus amigos. Comédia/Drama (Dinamarca, 1987). Direção de Gabriel Axel. Com Stephane Audran e Bibi Andersson.
Uma das coisas que impressionam é a qualidade do foley, que são os sons que ouvimos do ambiente ou das ações dos personagens e objetos, principalmente quando falamos da comida. O barulho dos líquidos sendo derramados ou engolidos, a lenha queimando, a crocância dos pratos, tudo colabora para tornar as cenas mais ricas e saborosas.
Imagino que não por acaso, a cozinha é o ambiente com mais cores, em um tom dourado, acolhedor, rico em referências visuais. A beleza do passo a passo das receitas feitas com esmero, cada ingrediente sendo preparado. Para os veganos ou pessoas mais sensíveis confesso que tem algumas cenas um pouco incômodas da preparação das codornas… Mas são uma ou duas cenas pequenas, vale um esforço para não deixar de conhecer a obra.
Outro ponto importante é a simbologia da comida dentro da trama, não quero dar muitas pistas mas ela é colocada às vezes como algo mágico, perigoso, enfeitiçante, mas se revela acima de tudo agregadora, um ritual capaz de despertar os melhores sentimentos aos que se dispõe a vivenciá-la.
Se você já conhece o filme e ficou curioso pra saber qual o menu servido...
Se você já conhece o filme e ficou curioso pra saber qual o menu servido...
Pratos:
. Potage a la Tortue (Sopa de Tartaruga)
. Blinis Demidoff au Caviar (Blinis com Caviar e Creme Azedo)
. Caille en Sarcophage avec Sauce Perigourdine (Codorna em Massa Folhada com Foie Gras e Molho de Trufas)
. Salade dÉndives aux Noix (Salada de Endívias com Nozes)
. Les Fromages e Les Fruits (Queijos e Frutas)
. Baba ou Savarin au Rhum avec les Figues et Fruit Glacée (Bolo Levíssimo com Calda de Rum, Figos e Frutas Glaçadas)
Bebidas:
. Amontillado
. Veuve Cliquot 1860
. Garrafas Raras de Clos de Vougeot
. Sauternes
. Café
. Conhaque Grande Champagne
E você, assistiu? O que achou?
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